Não sei se esse artigo poderia ser considerado relevante na nossa área, mas me fez pensar em alguns casos que atendo e até mesmo na minha própria vivência com o trabalho (em geral).
https://www.dw.com/pt-br/burnon-quando-o-estresse-constante-leva-%C3%A0-depress%C3%A3o/a-68916623
O conceito de Burnon (que desconhecia até agora) me deixou em conflito: por um lado, vejo nele mais uma forma de controle capitalista — um esgotamento 'silencioso', que nos mantém produtivos mesmo quando já estamos mentalmente esgotados, sem chegar ao colapso do Burnout. Por outro, me identifiquei pessoalmente, pois gosto do meu trabalho e me sinto realizada executando minhas funções, mas percebo que essa dedicação excessiva, alimentada pela cobrança interna e externa, rouba espaço para outras dimensões da vida. Como vocês enxergam o Burnon? Ele é apenas mais uma armadilha do neoliberalismo para naturalizar a autoexploração, ou há uma contradição aqui — já que muitos de nós, mesmo críticos do sistema, também internalizamos essa lógica como se fosse uma 'escolha'?"